Economista alerta: índice pode derrubar Bitcoin para US$ 65 mil

Logo após uma breve recuperação, o preço do Bitcoin (BTC) pode sofrer grandes perdas no mercado. A desvalorização deve continuar caso a tendência de queda persista, de acordo com o economista Peter Schiff.

Assim, ele argumenta que a forte correlação do Bitcoin com o Nasdaq torna a criptomoeda particularmente vulnerável.

Portanto, se o índice cair ainda mais, Schiff prevê que a principal projeto do mercado poderá sofrer quedas ainda mais acentuadas.

“O Nasdaq caiu 12%. Se essa correção se transformar em um mercado de baixa e a correlação em que uma queda de 12% no Nasdaq equivale a uma queda de 24% no Bitcoin se mantiver, quando o Nasdaq cair 20%, o Bitcoin estará por volta de US$ 65 mil.”

A cotação do Bitcoin foi negociada pela última vez a cerca de US$ 83,1 mil. Esse valor representa uma queda acumulada de 14,5% no último mês. No entanto, Schiff acredita que um declínio ainda mais acentuado está por vir.

Bitcoin se prepara para maior desvalorização

Embora o Bitcoin seja frequentemente chamado de “ouro digital”, seus movimentos de preço historicamente têm se alinhado mais ao Nasdaq do que ao próprio ouro . Em crises anteriores no mercado, o índice Nasdaq sofreu perdas significativas.

Sendo assim, Schiff citou três grandes quedas como exemplos históricos de desvalorizações severas. A primeira aconteceu durante o estouro da bolha da internet entre 2000 e 2002. Naquele período, o Nasdaq despencou quase 80%, eliminando bilhões em valor de mercado.

Preço do Bitcoin em 2025 (Reprodução: CoinMarketCap)

A crise financeira de 2008 provocou outra queda brusca. Nesse caso, o índice caiu 55% em meio à instabilidade econômica global. Enquanto isso, durante o crash do mercado causado pela COVID-19 em 2020, o índice Nasdaq caiu 30%, refletindo o pânico e a incerteza dos investidores.

Ou seja, essas quedas resultaram, em média, em uma depreciação de 55%. Mesmo que, desta vez, o Nasdaq caia apenas 40%, Schiff argumenta que o Bitcoin sofrerá um ‘tombo’ muito mais severo.

“Isso colocaria o Bitcoin em cerca de US$ 20 mil. No entanto, minha aposta é que uma queda dessa magnitude aceleraria o colapso do Bitcoin para níveis ainda mais baixos.”

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Volatilidade do mercado pode impulsionar criptomoeda

Enquanto o Bitcoin continua atrelado às ações de tecnologia, Schiff destacou que o ouro tem seguido na direção oposta. Desde que o Nasdaq atingiu seu pico em dezembro de 2023, o ouro subiu 13%.

O metal precioso demonstrou uma descorrelação com o índice. Se essa tendência persistir, uma queda de 40% no Nasdaq poderia elevar o preço da onça de ouro para valores acima de US$ 3,8 mil.

Porém, Schiff acredita que o potencial de valorização do ouro pode ser ainda maior. Isso aconteceria caso uma queda do mercado de ações provocasse um declínio do dólar no mercado de câmbio.

“Se um mercado de baixa nas ações coincidir com uma queda expressiva do dólar, o ouro subirá muito mais”, afirmou o economista.

Bitcoin como reserva de valor?

A visão pessimista de Schiff vai além da questão do preço. Ele argumenta que, se o Bitcoin cair 85% em relação ao ouro, isso poderá destruir a narrativa de que a criptomoeda é uma reserva de valor confiável.

“Não haverá justificativa para que o governo dos EUA ou qualquer estado mantenha Bitcoin em uma Reserva Estratégica. Também não haverá motivo para que investidores de ETFs continuem segurando suas posições. Com toda essa venda, será impossível para a MSTR liquidar Bitcoin suficiente para evitar a falência”.

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